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Avaliação para Classe de Ruído e Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias de FACHADAS


Introdução
A avaliação da classe de ruído de edificações é fundamental para garantir o conforto acústico dos ambientes internos. Esse processo é utilizado para determinar os níveis de ruído externo que incidem nas fachadas, possibilitando definir o desempenho acústico necessário das vedações externas, como as esquadrias. A seguir, detalhamos como essa avaliação é realizada, utilizando medições acústicas in loco e simulações computacionais, além de como esses resultados orientam a especificação do isolamento mínimo das esquadrias.


1. Medição Acústica In Loco
A medição acústica in loco é uma etapa essencial para avaliar as condições reais de exposição ao ruído no entorno do empreendimento. Esse processo envolve:
  • Medições de Ruído Ambiental: São feitas medições no local com o objetivo de determinar os níveis de pressão sonora que incidem nas fachadas. Utilizam-se equipamentos como medidores de nível de pressão sonora calibrados, que capturam os ruídos presentes no ambiente durante um período representativo, garantindo que o cenário de ruído seja realista. As medições devem ser realizadas em dias úteis, evitando horários ou situações atípicas, como congestionamentos temporários ou feriados.
  • Pontos de Medição: Os pontos onde são feitas as medições devem ser escolhidos criteriosamente, de forma a representar os locais mais expostos ao ruído, geralmente aqueles onde se situarão as fachadas dos dormitórios e demais áreas sensíveis da edificação.
  • Normas Aplicáveis: As medições in loco seguem normas técnicas específicas, como a ISO 16283, que trata das medições de ruído aéreo, a ISO 9613, que trata da previsão da propagação de som em ambientes externos, e a ABNT NBR 10151, que estabelece procedimentos para a avaliação do ruído ambiental em áreas habitadas, assegurando que o processo seja padronizado e os resultados sejam consistentes.


2. Simulação Computacional para Avaliação do Ruído Incidente
A simulação computacional complementa as medições in loco e permite prever os níveis de ruído que incidirão nas fachadas, considerando diferentes cenários e condições ambientais. Esse processo inclui:
  • Simulação da Propagação Sonora: A partir dos dados coletados sobre as fontes de ruído (como tráfego rodoviário, ferroviário, aéreo e fontes fixas), realiza-se uma simulação computacional para prever a propagação sonora. Softwares especializados são utilizados para modelar o comportamento do ruído no entorno da edificação e determinar os níveis de pressão sonora nas fachadas.
  • Parâmetros Considerados na Simulação: Durante a simulação, são considerados vários parâmetros, como a topografia do terreno, a volumetria dos edifícios, as distâncias de propagação do som, e as barreiras físicas existentes. Esses fatores são cruciais para garantir que a previsão de ruído seja a mais precisa possível. Métodos consagrados, como o da ISO 9613 e da ISO 140, são frequentemente usados para embasar os cálculos. A ISO 140 estabelece métodos para medição do isolamento acústico em edifícios, assegurando que os resultados atendam aos requisitos de conforto acústico. Softwares de simulação, como o INSUL e o SoundPLAN ou Inose, utilizam essas normas para fornecer resultados precisos e confiáveis.
  • Importância da Simulação: A simulação computacional é uma ferramenta poderosa para antecipar as condições de ruído e permitir ajustes no projeto arquitetônico antes da construção, garantindo que o desempenho acústico necessário seja atingido de forma eficiente.


3. Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias das Fachadas
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias. Além disso, para avaliar o isolamento da fachada composta (alvenaria + caixilho), é possível realizar um ensaio in loco para a avaliação do isolamento,  utilizando o parâmetro D2m,nT,w, que corresponde à diferença padronizada de nível ponderada a 2 metros da fachada. Esse ensaio consiste em medir a atenuação do som entre um ambiente externo e um ambiente interno, considerando as condições reais de instalação das vedações externas, como a combinação de alvenaria e caixilho. O parâmetro D2m,nT,w fornece uma indicação direta do desempenho acústico da fachada composta (alvenaria - caixilho), avaliando o quanto a vedação é capaz de reduzir o ruído que chega ao ambiente interno.


4. Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias das Fachadas
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias:
  • Classes de Ruído: A norma NBR 15575 estabelece diferentes classes de ruído (I, II, III), que representam níveis crescentes de exposição ao ruído. As classes são definidas da seguinte forma:
    • Classe I: Edificações localizadas em áreas com baixo nível de ruído externo, onde a exposição ao ruído é mínima. Essas edificações requerem um nível básico de isolamento acústico, com nível de pressão sonora equivalente até 60 dBA.
    • Classe II: Edificações situadas em áreas com níveis moderados de ruído, como regiões urbanas de densidade média. Nesse caso, é necessário um isolamento acústico intermediário, para níveis de pressão sonora equivalentes entre 60 a 65 dBA, garantindo o conforto dos ocupantes.
    • Classe III: Edificações localizadas em áreas com alto nível de ruído externo, como próximo a rodovias, aeroportos ou áreas industriais. Essas edificações precisam de um isolamento acústico mais elevado para níveis de pressão sonora equivalentes entre 65 a 70 dBA, garantindo níveis aceitáveis de conforto interno.
Cada classe determina um valor mínimo de isolamento acústico que as fachadas devem fornecer para garantir o conforto interno. Por exemplo, edificações em áreas de alto ruído externo precisam de esquadrias com maior capacidade de isolamento. Por exemplo, edificações em áreas de alto ruído externo precisam de esquadrias com maior capacidade de isolamento.
  • Especificação das Esquadrias: Com base na classe de ruído atribuída, determina-se o desempenho mínimo das esquadrias, medido em Rw (Índice de Redução Sonora) ou D2m,nT,w (Diferença Padronizada de Nível). Esse valor mínimo garante que o nível de ruído interno seja mantido dentro dos padrões recomendados para o conforto acústico dos moradores.
  • Considerações Práticas: A especificação das esquadrias deve levar em conta não apenas o tipo de vidro, mas também a qualidade dos perfis, acessórios e vedação, pois todos esses elementos influenciam o desempenho acústico final da fachada. Além disso, a execução adequada da instalação é fundamental para evitar perdas de desempenho.


Resumo
A avaliação da classe de ruído das fachadas de edificações é um processo que combina medições acústicas in loco e simulações computacionais para entender o impacto do ruído externo. Com esses dados, é possível definir o isolamento acústico mínimo necessário das esquadrias, garantindo conforto aos ocupantes. Esse processo é essencial para assegurar que as edificações atendam aos requisitos da norma NBR 15575 e proporcionem um ambiente interno adequado e confortável.

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