Avaliação para Classe de Ruído e Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias de FACHADAS
Introdução
A avaliação da classe de ruído de edificações é fundamental para garantir o conforto acústico dos ambientes internos. Esse processo é utilizado para determinar os níveis de ruído externo que incidem nas fachadas, possibilitando definir o desempenho acústico necessário das vedações externas, como as esquadrias. A seguir, detalhamos como essa avaliação é realizada, utilizando medições acústicas in loco e simulações computacionais, além de como esses resultados orientam a especificação do isolamento mínimo das esquadrias.
1. Medição Acústica In Loco
A medição acústica in loco é uma etapa essencial para avaliar as condições reais de exposição ao ruído no entorno do empreendimento. Esse processo envolve:
A simulação computacional complementa as medições in loco e permite prever os níveis de ruído que incidirão nas fachadas, considerando diferentes cenários e condições ambientais. Esse processo inclui:
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias. Além disso, para avaliar o isolamento da fachada composta (alvenaria + caixilho), é possível realizar um ensaio in loco para a avaliação do isolamento, utilizando o parâmetro D2m,nT,w, que corresponde à diferença padronizada de nível ponderada a 2 metros da fachada. Esse ensaio consiste em medir a atenuação do som entre um ambiente externo e um ambiente interno, considerando as condições reais de instalação das vedações externas, como a combinação de alvenaria e caixilho. O parâmetro D2m,nT,w fornece uma indicação direta do desempenho acústico da fachada composta (alvenaria - caixilho), avaliando o quanto a vedação é capaz de reduzir o ruído que chega ao ambiente interno.
4. Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias das Fachadas
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias:
A avaliação da classe de ruído das fachadas de edificações é um processo que combina medições acústicas in loco e simulações computacionais para entender o impacto do ruído externo. Com esses dados, é possível definir o isolamento acústico mínimo necessário das esquadrias, garantindo conforto aos ocupantes. Esse processo é essencial para assegurar que as edificações atendam aos requisitos da norma NBR 15575 e proporcionem um ambiente interno adequado e confortável.
Introdução
A avaliação da classe de ruído de edificações é fundamental para garantir o conforto acústico dos ambientes internos. Esse processo é utilizado para determinar os níveis de ruído externo que incidem nas fachadas, possibilitando definir o desempenho acústico necessário das vedações externas, como as esquadrias. A seguir, detalhamos como essa avaliação é realizada, utilizando medições acústicas in loco e simulações computacionais, além de como esses resultados orientam a especificação do isolamento mínimo das esquadrias.
1. Medição Acústica In Loco
A medição acústica in loco é uma etapa essencial para avaliar as condições reais de exposição ao ruído no entorno do empreendimento. Esse processo envolve:
- Medições de Ruído Ambiental: São feitas medições no local com o objetivo de determinar os níveis de pressão sonora que incidem nas fachadas. Utilizam-se equipamentos como medidores de nível de pressão sonora calibrados, que capturam os ruídos presentes no ambiente durante um período representativo, garantindo que o cenário de ruído seja realista. As medições devem ser realizadas em dias úteis, evitando horários ou situações atípicas, como congestionamentos temporários ou feriados.
- Pontos de Medição: Os pontos onde são feitas as medições devem ser escolhidos criteriosamente, de forma a representar os locais mais expostos ao ruído, geralmente aqueles onde se situarão as fachadas dos dormitórios e demais áreas sensíveis da edificação.
- Normas Aplicáveis: As medições in loco seguem normas técnicas específicas, como a ISO 16283, que trata das medições de ruído aéreo, a ISO 9613, que trata da previsão da propagação de som em ambientes externos, e a ABNT NBR 10151, que estabelece procedimentos para a avaliação do ruído ambiental em áreas habitadas, assegurando que o processo seja padronizado e os resultados sejam consistentes.
A simulação computacional complementa as medições in loco e permite prever os níveis de ruído que incidirão nas fachadas, considerando diferentes cenários e condições ambientais. Esse processo inclui:
- Simulação da Propagação Sonora: A partir dos dados coletados sobre as fontes de ruído (como tráfego rodoviário, ferroviário, aéreo e fontes fixas), realiza-se uma simulação computacional para prever a propagação sonora. Softwares especializados são utilizados para modelar o comportamento do ruído no entorno da edificação e determinar os níveis de pressão sonora nas fachadas.
- Parâmetros Considerados na Simulação: Durante a simulação, são considerados vários parâmetros, como a topografia do terreno, a volumetria dos edifícios, as distâncias de propagação do som, e as barreiras físicas existentes. Esses fatores são cruciais para garantir que a previsão de ruído seja a mais precisa possível. Métodos consagrados, como o da ISO 9613 e da ISO 140, são frequentemente usados para embasar os cálculos. A ISO 140 estabelece métodos para medição do isolamento acústico em edifícios, assegurando que os resultados atendam aos requisitos de conforto acústico. Softwares de simulação, como o INSUL e o SoundPLAN ou Inose, utilizam essas normas para fornecer resultados precisos e confiáveis.
- Importância da Simulação: A simulação computacional é uma ferramenta poderosa para antecipar as condições de ruído e permitir ajustes no projeto arquitetônico antes da construção, garantindo que o desempenho acústico necessário seja atingido de forma eficiente.
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias. Além disso, para avaliar o isolamento da fachada composta (alvenaria + caixilho), é possível realizar um ensaio in loco para a avaliação do isolamento, utilizando o parâmetro D2m,nT,w, que corresponde à diferença padronizada de nível ponderada a 2 metros da fachada. Esse ensaio consiste em medir a atenuação do som entre um ambiente externo e um ambiente interno, considerando as condições reais de instalação das vedações externas, como a combinação de alvenaria e caixilho. O parâmetro D2m,nT,w fornece uma indicação direta do desempenho acústico da fachada composta (alvenaria - caixilho), avaliando o quanto a vedação é capaz de reduzir o ruído que chega ao ambiente interno.
4. Definição do Isolamento Mínimo das Esquadrias das Fachadas
Com os dados das medições e simulações, é possível definir a classe de ruído da edificação, o que orienta a especificação do isolamento acústico mínimo necessário para as esquadrias:
- Classes de Ruído: A norma NBR 15575 estabelece diferentes classes de ruído (I, II, III), que representam níveis crescentes de exposição ao ruído. As classes são definidas da seguinte forma:
- Classe I: Edificações localizadas em áreas com baixo nível de ruído externo, onde a exposição ao ruído é mínima. Essas edificações requerem um nível básico de isolamento acústico, com nível de pressão sonora equivalente até 60 dBA.
- Classe II: Edificações situadas em áreas com níveis moderados de ruído, como regiões urbanas de densidade média. Nesse caso, é necessário um isolamento acústico intermediário, para níveis de pressão sonora equivalentes entre 60 a 65 dBA, garantindo o conforto dos ocupantes.
- Classe III: Edificações localizadas em áreas com alto nível de ruído externo, como próximo a rodovias, aeroportos ou áreas industriais. Essas edificações precisam de um isolamento acústico mais elevado para níveis de pressão sonora equivalentes entre 65 a 70 dBA, garantindo níveis aceitáveis de conforto interno.
- Especificação das Esquadrias: Com base na classe de ruído atribuída, determina-se o desempenho mínimo das esquadrias, medido em Rw (Índice de Redução Sonora) ou D2m,nT,w (Diferença Padronizada de Nível). Esse valor mínimo garante que o nível de ruído interno seja mantido dentro dos padrões recomendados para o conforto acústico dos moradores.
- Considerações Práticas: A especificação das esquadrias deve levar em conta não apenas o tipo de vidro, mas também a qualidade dos perfis, acessórios e vedação, pois todos esses elementos influenciam o desempenho acústico final da fachada. Além disso, a execução adequada da instalação é fundamental para evitar perdas de desempenho.
A avaliação da classe de ruído das fachadas de edificações é um processo que combina medições acústicas in loco e simulações computacionais para entender o impacto do ruído externo. Com esses dados, é possível definir o isolamento acústico mínimo necessário das esquadrias, garantindo conforto aos ocupantes. Esse processo é essencial para assegurar que as edificações atendam aos requisitos da norma NBR 15575 e proporcionem um ambiente interno adequado e confortável.